segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

Feliz Natal







Geralmente não sou de fazer textos de Natal, mas esse ano é diferente, gostaria de desejar algo sincero a vocês.


 Não quero desejar simplesmente um Feliz Natal com magia, com encantamentos, com delícias. Não quero simplesmente desejar Feliz Natal porque a época nos obriga a dizer. Quero desejar a todo mundo o nascimento de Cristo nas manjedouras dos nossos corações. Final de ano é a época que todos ficam bonzinhos, mas também só aí. Ser bonzinho apenas nesta época, pra mim, não interessa, imagina pra Jesus.
            Sabemos que essa data é simbólica, mas ela tem um efeito instigante nos homens, o de nos fazer refletir. Então proponho a todos vocês esta reflexão diária, não apenas até o ano novo, mas que se perpetue e ultrapasse as barreiras do carnaval nos tornando boas pessoas perenemente. Jesus quer nascer todos os dias no coração da gente, mas, como no Evangelho de hoje, dizemos que não há vagas, que só temos (quando temos) o estábulo e rejeitamos a bênção de uma renovação em nossas vidas.
            Sinceramente, quero que Jesus nasça em meu coração e quero que cada um de vocês também deseje isso e todo dia seja Natal. Aí sim poderemos ter um feliz todos os dias, pois o dia 25 de dezembro será mais um dia nas nossas vidas, e os presentes, desnecessários, pois saberemos que Deus já nasceu e renasce a cada estação, a cada novo lindo dia e a cada olhar de um irmão que passa por nós e não temos coragem de desejar bom dia.

Com amor a todos vocês desejo feliz natal,

Anderson Rabelo

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aquele sorriso






Aquele sorriso

Aquele sorriso traz alegria,
traz vida ao coração,
traz sabores e delícias que outrora não eram tão comuns.
Aquele sorriso traz brilho nos olhos
que só um teatro de bonecos é capaz de trazer
aos olhinhos da criança perdida no adulto.
Aquele sorriso é mágico,
é belo,
encanta.
Aquele sorriso cativa
lembranças.

Anderson Rabelo

Reflexões sobre a paixão


                            



Reflexões sobre a paixão


     Antes de começar a corrigir provas e mais provas, preciso escrever sobre algo que vem me inquietando que é a paixão. Paixão vem do Latim Passio e do Grego Pathe. No latim, significa sofrer, no grego, sentir algo que seja bom ou ruim. Desse modo, todos nós nos apaixonamos. Sentimos algo, por mais que sua mente insana grite: “lá ele”, você sente algo sim. Mas esse texto não deve se tornar algo de baixo nível, eu simplesmente quero falar da paixão que é algo muito ruim de se sentir. Você pode até discordar de mim, mas provarei que estar apaixonado não é tão legal quanto parece.
     Situação: você conhece uma pessoa e se torna amigo dela. Vocês conversam bastante e, de repente, você sente que aquilo não é só amizade, existe algo mais que ninguém esperava. Há um sentimento redundante, etimologicamente falando. Você sente paixão. Sente duas vezes. Uma por você e outra pelo outro que você nem sabe se está interessado. Eis que começa o jogo desesperador. E agora, como saber se o outro está interessado?
     Meu amigo(a), a resposta é apenas uma: não há como saber. Existem pistas que são deixadas e você deve estar atento, mas você está apaixonado, tudo é pista na sua cabeça. Qualquer toque, qualquer gesto diferente é motivo para você entender que aquilo é um sinal. Compartilho com vocês a minha angústia de nunca conseguir entendê-los, sou péssimo nessa situação e a minha timidez ataca gritantemente nesse momento. Sempre é mais fácil para alguém que está de fora perceber a situação, mas vá por mim, você não vai ficar se abrindo pra todo mundo, né?
     Estar apaixonado é algo que não recomendo a ninguém. Principalmente se for alguém tímido que nem eu. Vai se embolar na fala, vai falar o que não deve e, finalmente, vai perder a pessoa querida para o nada, simplesmente por o outro lado da corda se cansar de tanto tempo perdido (seja por se fazer – inconscientemente – de abobalhado, seja por demorar tempo demais esperando sinais) porque ela esteve mesmo apaixonada por você reciprocamente e isso vai doer, vai sim, pode esperar sua carne ser cortada e exposta ao sol cruamente. Creio que estejam se perguntando: “Não é possível, esse cara está apaixonado.” Respondo: Pra que procurar saber se estou apaixonado e se estou catando sinais de alguém? Pra que perceber nas entrelinhas que eu gosto de alguém e, no fundo, todo esse texto é, na verdade, uma tentativa de autoconvencimento de que apaixonar-se é algo ruim, e perceber que na verdade, essa é a parte mais gostosa de um pré-romance e, no fundo, no fundo eu nem sei se sou correspondido e nem sei se ela sabe disso? Não queira descobrir, no final dessa leitura, que tudo o que escrevi desde a linha quatro até o início da trinta e um é mentira se não, eu tenho certeza de que você vai se apaixonar.

Anderson Rabelo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Alquimia Global

                                                                                                             (Seu nome? Segredo!)


Alquimia global

A mistura de olhos e sorriso lindos
dá numa química perfeita entre foto e observador.
O melhor disso tudo é que há uma distância segura entre os dois,
mas que não impede a caneta do poeta,
nem seus dedos no teclado
de escrever, descrever a doçura de um olhar impactante
e o impacto de um sorriso adocicado visto na tela do computador.
É, até que a tecnologia serve para algo mais que globalizar.

Anderson Rabelo

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Reflexões sobre a feiúra





Foto by: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgca_wrIWHUlhndWG_afT4AmMu5t_T_iCnRoiVS8iOO3BEUcQIy8JtfHneP9KF6XFGHel9xgTiuGOWZp49YSSPYhMN0lcBKZ2jyIP_Uct9vctbFH18ZTOtSjeurGGbV-ei0QPF9k_YoRIc/s1600/feio.jpg


Reflexões sobre a feiúra

     Esse texto não fala de você ou de alguém que você conheça. Não trata-se também de autoajuda. São reflexões sobre o comportamento de um ser específico inserido em uma sociedade democrática e ditadora.
     Ele nasceu e, até determinada idade, era paparicado por todas as mulheres, era o rei da cocada preta, afinal, era uma criança. Cresceu e a puberdade lhe dera espinh
as, cravos, dentes tortos (ok, isso não é culpa da puberdade, mas sou livre para colocar aqui, afinal, o texto é meu e não seu!), descobrira-se feio, adeus paparicos (faço uma exortação às crianças: Aproveitem as mulheres enquanto podem. Quando crescerem, podem, não mais, ter isto - a não ser que seu pai seja rico e/ou você possua um camaro na garagem). O pequeno feio era um doce. Puro, lindo - por dentro - mas por ser puro, nada que falasse agradava. Para piorar, era gordo. Apaixonou-se algumas vezes, porém frustrava-se sempre. Elas nunca o queriam. É aqui que pretendo deter-me.

     Todo feio é excluído da sociedade. A ele é dado os papeis mais toscos das novelas, a eles é imposto o caráter atrapalhado da história. O feio, se quiser se dar bem, necessariamente tem de ser inteligente - e essa é a melhor e a pior das imposições de uma sociedade democrática, que da democracia, só o demo. O belo já está lá, não necessita de esforços. A eles estão reservados os melhores lugares e as melhore mulheres - aplique isso ao ser feminino também. O feio assusta.
     A feiúra espanta possibilidades. Possibilidades de conhecer um bom coração, um bom ser humano, uma boa conversa. Em festas, o feio não é rei (peço licença às mulheres, as feias, dependendo da noite e do grau etílico, ainda saem no lucro, isso é um fato!). O feio é parceiro da convivência, só por ela é possível descobrir a inteligência por trás daquele desprovido de boa fisionomia (termo politicamente correto, haha). Só então, as chances dele se equiparam ao do belo (quem sabe até não ultrapassa). Aí surge a obrigação de ser inteligente, surge uma obrigação boa, mas difícil. "Grandes poderes trazem grandes responsabilidades", peço licença ao Tio Ben do Homem Aranha para utilizar sua frase que não é argumento de autoridade, mas traz verdade. Ser inteligente dói. Da cabeça de um feio (e gordo) surgem ideias e ele tem a consciência de que necessita de um tempo para se fazer bonito. Inteligência agrada, mas com o tempo. Mais uma vez afirmo: inteligência dói.
     Existem pessoas que querem simplesmente ser, sem obrigações de saber - e não lhes atribuo culpa, afinal, se todos fôssemos intelectuais, seríamos ótimos insuportáveis escrevendo reflexões, reflexões e não chegando a lugar algum. Defendo o direito de ser feio e feliz. Ser inteligente apenas por prazer. Observem mais os feios. Eles são legais, acreditem! Esta é apenas uma reflexão que não deve levar a lugar algum. Se você é bonitinho, reflita um pouco, talvez você ache algo interessante no meio dos seus pensamentos.

Anderson Rabelo

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Olhar de Jabuticaba



Olhar de Jabuticaba


Quando os olhos invadem os outros,
a doçura de duas jabuticabas a alma experimenta.
E o sorriso lindo, de dentes brilhantes e lábios bem feitos
cativa os pensamentos do mais simples dos poetas
que rabisca, apaga, escreve e pinta.
Desenha e escolhe a melhor forma de dizer-te com letras naturais.
De construir-te em tons rebuscados,
De dizer-te bela, linda, fenomenal, com tons pouco incisivos,
mas que mostrem carinho.
Olhar de jabuticaba são gotas da fruta pequena e saborosa
que adoçam o paladar de minh’alma
e trazem, do universo das palavras,
toda a sua descrição
que circula minha mente,
mas que as mãos não ousam riscar.

Anderson Rabelo

sábado, 28 de julho de 2012



Teus sonhos (d)escritos

A caneta risca as linhas
E os traços não sabem o que perseguir.
Os olhos buscam inspiração bem longe,
além das fronteiras entre o saber e o divagar.
E a luz se acende diante dos olhos,
E o sabor das letras passam por entre os dedos
E o seu gosto é de desejo de voltar de onde não deveria ter saído.
E os sonhos são de menina apaixonada,
De quem deseja apenas sua coberta,
Um copo de leite de manhã
Um beijo de quem se importa
E, no papel, dizer que sonha,
Bem bonito.

Anderson Rabelo

Olimpo



Olimpo

O olhar perdido nas nuvens cinzas que trazem lágrimas.
O peito aberto diante de uma música suave nacional.
A mente viajando nas doses de whisky engolidas pelo tempo.
A paz da noite reinando enquanto uma gota de chuva escorrega pelo rosto revelando que não há paz.
As pernas estiradas tentando relaxar o corpo, quando na verdade é a mente que está cansada.
A luz da lua adentrando timidamente a sala, buscando o amor daquele homem descrito acima que achava que ninguém o queria.
O céu oculto, fazendo a sua parte separando os deuses dos mortais.


Anderson Rabelo

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Criatividade





Imagem retirada do site: http://marcianassrallah.com.br/?p=1379 Acesso em 22/06/2012.

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CRIATIVIDADE


Criatividade
     atividade
          idade
               de
Cria


Anderson Rabelo

quinta-feira, 17 de maio de 2012


 
 Em homenagem à nova Lei sancionada em Salvador que proíbe os DJ's de Buzú, um pequeno texto...

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DJ de Buzú (isso daria um arrocha, né Silvano Salles?)

 
Cinco horas da manhã. Acabo de acordar, escovo os dentes, tomo um café e saio para pegar meu ônibus. Doce silêncio do fim da madrugada. Sento no banco quando de repente senta no banco de trás um sujeito com um celular nas mãos ouvindo Pablo do Arrocha. Tantos gritos de "Ê paixão!" logo de manhã cedo me irritaram. Agora é lei, não pode ouvir música sem fone de ouvido, senti uma pequena esperança no meu coração, virei-me e falei: - O senhor sabia que é proibido ouvir som sem fone de ouvidos no ônibus? É uma falta de respeito, educação e, agora, é crime!
- Quem vai me prender? O cobra? - Respondeu o rapaz sem esboçar muita preocupação com isso. Me irritei, fiz o meu melhor discurso sobre o problema da cidade, o estresse que vivemos e a falta de educação que hoje já parte de dentro de nossas casas, pois não educamos nosso filhos e franqueamos isso às escolas e dão nos DJ's de Buzú. O rapaz até se emocionou:
- Peraê meu brother, cê tem razão cara, me desculpaê, viu? Não fiz por mal! - e graças a Deus parou de ouvir Pablo do Arrocha. Voltei a descansar meu velho e cansado ouvido até o trabalho, quando de repente, sobe um pastor querendo "pregar" (aos berros) a Palavra de Deus.
E esse, quem impede?
- Amigo - disse eu virando ao DJ - pode ligar teu som novamente?
 
Anderson Rabelo

sábado, 14 de abril de 2012

Amar

Foto retirada do site: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15D_g3R4qesOsrFcgymeuHBIkmPncv0RX-t2VqGcAXnX2EPq_QaC2arDIxu8YrXSJEIznOsd0FTh56tHp0374N4lyP49rPrLniQyVWaldp6OV4yAhXoE_GesDBnAnkEE86Hr8JE1kFGA/s1600/agua2.jpg Acesso em 15 de abril de 2012.
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Amar


Amar é pegar um copo, pôr água, sal e areia
e ter a sensação de que há mar.


Anderson Rabelo

quinta-feira, 29 de março de 2012

Poema esquizofrênico

 


Olá pessoal, bom, esse poema é audível, não lido, vou colocar a letra abaixo, mas peço que vocês, para ouvirem, utilizem fones de ouvido, e fechem os olhos (só para prestar atenção mesmo).

Abraços,

Anderson Rabelo
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Poema esquizofrênico

A palavra assombra os sentidos
dados aos verbos distribuídos
em toda a parte em que os olhos vêem
e a boca profere
e a mão escreve.

aaaaaah!!!
aaaaaah!!!
aaaargh!!!

Animal,
anormal,
vozes,
medo,
esquizofrenia...

Nãããããão!!!

As vozes,
as vozes em mim me assombram ligeiro
me fazendo correr e pular de um penhasco
e no fundo sem fim, ou mesmo esperança
cair sozinho e sem luz.
Palavras, palavras me assustam.

Medo,
medo,
medo...

Shhhhh!!!

Anderson Rabelo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Casca

Foto tirada do site: http://obviousmag.org/archives/2007/09/vladimir_kush_s.html em 08 de fevereiro de 2012
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Ovo Frito


O mundo gira
e pede de café da manhã, ovo frito.
Separa a gema da clara.
A gema, o mundo joga para o alto.
E a clara, derrama no chão clareando a minha visão.


Anderson Rabelo