quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aquele sorriso






Aquele sorriso

Aquele sorriso traz alegria,
traz vida ao coração,
traz sabores e delícias que outrora não eram tão comuns.
Aquele sorriso traz brilho nos olhos
que só um teatro de bonecos é capaz de trazer
aos olhinhos da criança perdida no adulto.
Aquele sorriso é mágico,
é belo,
encanta.
Aquele sorriso cativa
lembranças.

Anderson Rabelo

Reflexões sobre a paixão


                            



Reflexões sobre a paixão


     Antes de começar a corrigir provas e mais provas, preciso escrever sobre algo que vem me inquietando que é a paixão. Paixão vem do Latim Passio e do Grego Pathe. No latim, significa sofrer, no grego, sentir algo que seja bom ou ruim. Desse modo, todos nós nos apaixonamos. Sentimos algo, por mais que sua mente insana grite: “lá ele”, você sente algo sim. Mas esse texto não deve se tornar algo de baixo nível, eu simplesmente quero falar da paixão que é algo muito ruim de se sentir. Você pode até discordar de mim, mas provarei que estar apaixonado não é tão legal quanto parece.
     Situação: você conhece uma pessoa e se torna amigo dela. Vocês conversam bastante e, de repente, você sente que aquilo não é só amizade, existe algo mais que ninguém esperava. Há um sentimento redundante, etimologicamente falando. Você sente paixão. Sente duas vezes. Uma por você e outra pelo outro que você nem sabe se está interessado. Eis que começa o jogo desesperador. E agora, como saber se o outro está interessado?
     Meu amigo(a), a resposta é apenas uma: não há como saber. Existem pistas que são deixadas e você deve estar atento, mas você está apaixonado, tudo é pista na sua cabeça. Qualquer toque, qualquer gesto diferente é motivo para você entender que aquilo é um sinal. Compartilho com vocês a minha angústia de nunca conseguir entendê-los, sou péssimo nessa situação e a minha timidez ataca gritantemente nesse momento. Sempre é mais fácil para alguém que está de fora perceber a situação, mas vá por mim, você não vai ficar se abrindo pra todo mundo, né?
     Estar apaixonado é algo que não recomendo a ninguém. Principalmente se for alguém tímido que nem eu. Vai se embolar na fala, vai falar o que não deve e, finalmente, vai perder a pessoa querida para o nada, simplesmente por o outro lado da corda se cansar de tanto tempo perdido (seja por se fazer – inconscientemente – de abobalhado, seja por demorar tempo demais esperando sinais) porque ela esteve mesmo apaixonada por você reciprocamente e isso vai doer, vai sim, pode esperar sua carne ser cortada e exposta ao sol cruamente. Creio que estejam se perguntando: “Não é possível, esse cara está apaixonado.” Respondo: Pra que procurar saber se estou apaixonado e se estou catando sinais de alguém? Pra que perceber nas entrelinhas que eu gosto de alguém e, no fundo, todo esse texto é, na verdade, uma tentativa de autoconvencimento de que apaixonar-se é algo ruim, e perceber que na verdade, essa é a parte mais gostosa de um pré-romance e, no fundo, no fundo eu nem sei se sou correspondido e nem sei se ela sabe disso? Não queira descobrir, no final dessa leitura, que tudo o que escrevi desde a linha quatro até o início da trinta e um é mentira se não, eu tenho certeza de que você vai se apaixonar.

Anderson Rabelo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Alquimia Global

                                                                                                             (Seu nome? Segredo!)


Alquimia global

A mistura de olhos e sorriso lindos
dá numa química perfeita entre foto e observador.
O melhor disso tudo é que há uma distância segura entre os dois,
mas que não impede a caneta do poeta,
nem seus dedos no teclado
de escrever, descrever a doçura de um olhar impactante
e o impacto de um sorriso adocicado visto na tela do computador.
É, até que a tecnologia serve para algo mais que globalizar.

Anderson Rabelo