sábado, 31 de maio de 2008

Castelo de ilusões


Castelo de ilusões

Eu vi seus olhos
e eles não estavam abertos.
Eu chorei minha agonia.
Eu vi tuas mãos, dedos enlaçados;
hoje não sonhei tão bem.

Te via e acordava
e meus olhos abertos
não enxergavam
tua vida,
teu ar,
tua sombra,
tua luz.

Minhas noites, tão cinzas;
meu céu, tão escuro;
tuas mãos apóiam meu rosto
e tão geladas me esperam.

Um dia eu irei vê-la
num castelo de emoções.
Tudo não passa de um
castelo de ilusões.

Anderson Rabelo

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