Foto minha até algum momento específico (ou não)
Observo o teu jeito,
a cor dos teus cabelos,
os risos imbecis de piadas imbecis.
Observo,
observo e enxergo o jeito manso e expansivo
de cuidados e abraços distantes,
pandêmicos,
de olhares que sorriem e nos aproximam
e deixam transparecer a inexistência do tempo.
Quiçá até voltamos no tempo (rima estúpida),
em que a física era mítica,
e a química encantava os olhares entrecruzados.
Observo, observo quieto o teu jeito
e quando chegas, o universo inteiro,
e quando vai embora, o silêncio.
Daí eu observo o meu jeito quando o teu jeito se aproxima
e eu até consigo ser mais eu, menina.
Anderson Rabelo
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