quinta-feira, 19 de junho de 2008
Vontades
Vontades
Durmo num sono que sonha o que poderia ser
se pudesse puxar a estrada com minhas mãos.
Se pudesse hoje aqui e amanhã lá.
Durmo e sonho um sonho de não querer acordar.
De não querer nem mesmo saber o porquê que de repente
pude me sentir assim;
de mãos atadas, e apesar de livre, preso.
Preso na realidade da minha vida
que é distante e que é perto.
Longe das minhas possibilidades,
perto diante de que viajo sem mesmo sair da minha cadeira
e mesmo assim poder sentir em minhas veias
o que não sinto mesmo estando perto.
Mas durmo e sonho o que realmente queria estar vivendo, porém
acordo e vejo que tudo não passou de vontades.
Choro.
Anderson Rabelo
Telemarketing
Telemarketing
Em um dia qualquer, em qualquer casa...
TRIIIMMM
- Alô!
- Senhor Lucas Costa Marinho?
- Sim, quem fala?
- Aqui é da empresa entercard, o senhor gostaria...
- Não!
- Olha, temos uma proposta super-interessante para o senhor, tem certeza que...
- Olha, tenho certeza de que não quero comprar nada, se quiser falar, fale, mas já sabe a minha resposta.
- Ok, a entercard está com uma promoção de milhas, cada vez que o senhor utiliza o cartão, bônus serão creditados na próxima compra. Tem a vantagem de poder criar dependentes para ti, se acaso quiser fazer um cartão para teu filho, esposa, ou quem o senhor queira incluir em sua tutoria. O senhor tem o direito de colocar até quatro dependentes, uma superproposta não acha? A entercard também tem o recurso de digitalização, o que é isso? Se por acaso o senhor for roubado ou seqüestrado, é só apertar um dispositivo discreto que existe na tarja do cartão que reconhecerá suas digitais quando pressionada com força e automaticamente serão acionadas a polícia e a empresa bloqueando o seu cartão num prazo de 48 horas. E fazendo o seu cartão, o senhor ganha de brinde um bonequinho da entercard e seguro de vida gratuitamente por um ano já que esta empresa tem convênio com uma das maiores empresas de seguros do país, a Life security. Logo após a renovação do seguro, temos um pacote impressionante para o senhor.
E então, tem interesse em fazer o cartão conosco?
- Não.
- Tenha uma boa noite senhor.
- Boa noite.
Anderson Rabelo
Com licença poética e política...
Com licença poética e política
Ouviram do Ipiranga a fome braba
de um povo heróico, o brado aterrorizante
E o sol da liberdade em raios fúlgidos
brilhou no céu da ponte nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos alimentar a própria morte
Em teu seio, fome, vontade
Desafia a nossa vida e boa sorte
Ó Pátria amada
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso um raio vívido
De horror, desesperança a terra mexe
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do pivete se reflete
Gigante pela própria natureza,
És rica e pobre, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Deitado eternamente sob as pontes,
Ao som de carros e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, povão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais corpos;
Nossos bosques não têm vida,
"Nossa vida" no teu seio mais horrores.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro, misérias no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Anderson Rabelo
Ouviram do Ipiranga a fome braba
de um povo heróico, o brado aterrorizante
E o sol da liberdade em raios fúlgidos
brilhou no céu da ponte nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos alimentar a própria morte
Em teu seio, fome, vontade
Desafia a nossa vida e boa sorte
Ó Pátria amada
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso um raio vívido
De horror, desesperança a terra mexe
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do pivete se reflete
Gigante pela própria natureza,
És rica e pobre, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Deitado eternamente sob as pontes,
Ao som de carros e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, povão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais corpos;
Nossos bosques não têm vida,
"Nossa vida" no teu seio mais horrores.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro, misérias no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Anderson Rabelo
terça-feira, 17 de junho de 2008
Assim Vamos
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Bárbara
Bárbara
Teus olhos são como um espelho
refletem tua alma e teu jeito.
Tua boca, como um imã,
atraem sorrisos, alegrias e sabores intensos.
Teu rosto como a luz,
ilumina também os desconhecidos e atraem a atenção
dos mais dispersos, dos mais românticos e lunáticos.
O conjunto, como a lua,
misteriosa, enigmática, o lado oculto,
rainha dos casais e dos solitários
tua vida reflete meus pensamentos...
Anderson Rabelo
Teus olhos são como um espelho
refletem tua alma e teu jeito.
Tua boca, como um imã,
atraem sorrisos, alegrias e sabores intensos.
Teu rosto como a luz,
ilumina também os desconhecidos e atraem a atenção
dos mais dispersos, dos mais românticos e lunáticos.
O conjunto, como a lua,
misteriosa, enigmática, o lado oculto,
rainha dos casais e dos solitários
tua vida reflete meus pensamentos...
Anderson Rabelo
terça-feira, 10 de junho de 2008
Vidografia
sábado, 7 de junho de 2008
Derrame
Encontro da Gramática Normativa e da Gramática Popular II
Encontro da Gramática Normativa e da Gramática Popular II
Num belo dia de sol, em alguma biblioteca do país, dois conhecidos nossos se reencontram!
- Vééééi, você por aqui!!!
- Nobre cidadão, como anda vosso furor?
- Hã?! Como é que tá tu?
- Vou-me em bons grados. O que lês?
- Ah, isso? Besteira, poesia man.
- Poesia Man? Desconheço tal autor.
- Não, er..., ah, é poesias do Drumondi preu dizer pra minha nega.
- Ah, sim, Drummond! Excelente! De um gosto refinadíssimo, er... qual a vossa graça?
- Ave Maria?!
- (Em risos) Acho que não me expressei bem; vosso nome, qual é?
- Aaaah, agora sim, José e o seu?
- Martim. Concede-me estas poesias para que eu possa reprografá-las, devolvê-lhas-ei em curtíssimo tempo.
- Emprestar até posso, mas repro, isso aí que tu disse acho que não vai poder não, é da biblioteca e foi caro.
- (Novos risos) José, reprografar é sinônimo de fotocopiar, xerocar.
- Ah, xerocar pode, mas esse tal de sinônimo não trabalha na xerox daqui não se ligou?
- Tudo bem José (risos), empresta-me, as devolverei logo. Prometo.
- Tá bom, tô aqui esperando viu seu Martim? Cada viagem desse cara, agora queria repo..., re..., acabar com as poesia, sei não viu?
Anderson Rabelo
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