Poema I
As pessoas passam tão normais por mim,
umas tristes, outras emburradas, outras nem aí
e não percebem no canto da minha boca o sorriso que nasce
da alegria que habita em mim, sem motivo algum
acho que ouvi que me amavam.
Anderson Rabelo
Poema II
Eu posso contar teus dentes
eu posso enxergar tua língua
eu posso medir tua boca
só não posso contar teus sorriso, pois são muitos
e eu já perdi a conta deles.
Anderson Rabelo
Poema III
O Cravo sorriu pra Rosa
debaixo de uma sacada
O caco dos dois caiu
e eles deram uma gargalhada!
Anderson Rabelo
Poema IV
Tum-tum
- Quem bate?
- Sou eu?
- Eu quem?
- A Alegria!
- MENTIRA, ELA JÁ ESTÁ AQUI DENTRO!
A Tristeza ficou triste, não conseguiu enganar o coração.
Anderson Rabelo
Poema V
O V chamam de Vingança,
mas ele ficou chateado, virou de pernas pra o ar
amarrou as pernas e virou A de Amor.
Anderson Rabelo
Poema VI
Quase lá,
só falta um pouco pra o sol nascer
e com ele a majestade do novo dia
e do dia esquecido.
Quase lá.
Anderson Rabelo
Poema VII
Eu VI! EU VII SIM,
VIII um rastro de alegria passando por aqui,
o melancólico tem o pé no chão, a alegria não,
mas é melhor ser alegre, não é?
Então, abra um sorriso!!!
Anderson Rabelo
Poema VIII
Passou o tempo e nada de conserto,
trocaram as artérias, trocaram o sangue,
mas o coração ficou intacto, o que implica dizer
que a alegria não fugiu, ficou presa aqui
e nenhuma medicina me livrará dela.
Anderson Rabelo
Poema IX
Esse número parece baiano
IX(i) Maria, abriu um largo espaço
de um braço ao outro pra abraçar a vida
e dizer que é feliz.
Olha o sol sorrindo também!
Anderson Rabelo
Poema X
Não precisa ser mutante
nem X-Man pra ser feliz.
Basta abrir um leite condensado
colocar uma colher de chocolate,
levar ao forno e esperar desprender da panela
e um pouquinho de crença de que o outro está sim feliz.
Anderson Rabelo