Bailando com a morte
Quando eu morrer não derramem lágrimas sobre meu caixão,
reguem as plantas com elas, é mais necessário.
Quando eu morrer derramem, sim,
poemas,
gotas de tintas e,
se puder,
deixem uma caneta perto do meu coração,
significará que minha vida foi escrita com muito amor,
e que vivi de peito aberto ao mundo
e, agora, meu corpo escreve algo sob a terra.
Meu corpo é mais um livro que alguém leu, fechou e guardou.
Quem sabe no futuro alguém contará minha história?
Anderson Rabelo
Nenhum comentário:
Postar um comentário